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Apaixonada por Alagoas, livros, turismo, cultura e principalmente artes manuais.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quase



Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. 
É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. 
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. 
Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. 
A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. 

A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. 

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. 

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. 

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. 
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.
 
Sarah Westphal

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Alagoas... Terra do meu coração!



Ainda não achei palavras melhores que as de Eliezer Setton para descrever as riquezas de Alagoas...


Não Há Quem Não Morra De Amores Pelo Meu Lugar
Composição: Eliezer Setton

Eu sou da terra onde há lagoas
Da terra onde há marechais
De tantos risos de tantas loas
Tantas ilhas tantas croas
À sombra dos coqueirais

Ah! Calabares de Holanda
Mares de uma banda
E o Velho Chico ao sul
Esse Graciliano
Esse Jorge de Lima
Essa Nêga Fulô
Ah! Marechal Floriano
De ferro e de flores
Não há quem não morra de amores
Pelo meu lugar

Ah! Mais que um solo de cana
Essa terra tem gana
De fumo e algodão
Djavan, Jararaca
Hermeto, Paurílio
Maestro Fon-fon
Ah! É Zumbi dos Palmares
União de cores
Não há quem não morra de amores
Pelo meu lugar

Ah! Cabanada ao norte
Um bispo sem sorte
Os Caetés
Teotônio Vilela
Pontes de Miranda
Aurélio de A a Z
Ah! Mesa rica de renda
E de tantos sabores
Não há quem não morra de amores
Pelo meu lugar

Ah! Brincadeira é chegança
E o guerreiro que dança
Faz tremer o chão
Zé Maria Tenório
Entra! Pedro Teixeira
Théo Brandão
Ah! Dos Prazeres Senhora
Abençoe os senhores
Não há quem não morra de amores
Pelo meu lugar